Um dia disseram que a ansiedade tem sabor de surpresa, mesmo sem saber onde, mas apenas um estalar de dedos e as nuvens dissipam. Como seria sentir o mundo parar por um segundo? E aqueles que souberem a verdade, ditam que suas certezas conduzem o mundo. Mas nada disso parece ter uma lógica ou um fim. Quem sabe se definitivamente seja realmente desse jeito, até que a poeira cubra tudo que perdemos, aquilo que antes estava a frente perde a certeza de que tudo era mesmo diferente daquilo que se vê agora.
O ciclo é continuo, um antigo vício da natureza que se corrói no meio das estrelas que surgem a cada segundo. Luzes ainda são ofuscadas no céu e as perguntas que já se tem a resposta, perdem-se num sonho. Encontram o dia que nunca foi perdido dentro da alternativa, num estalo. E um mero segundo é suficiente pra se ver tudo que passou até agora. Lembrando daquela esperança que o levou onde ficou confuso, apenas por deixar que ficasse. E nada que deixou pra trás chegará até aqui.
E a aquela voz era tão calma e fria, chegou lentamente e parecia que congelava o orgulho embaçando a mente. Ainda olha algo que não sabe explicar. O que realmente mudou? Se é que mudou, e o mundo ainda sempre surpreende, mas não quer ver o que não foi visto antes. Mas pode descobrir um algoz capaz de derrubar todas as surpresas deixadas pelo caminho, já pareciam tão certas que já não enxergava, mas não há nada inanimado.
E todos os dias ainda é contrariado. Derrubou tudo o que nunca se perdeu. Caiu de braços abertos naquela nova rota ao ver que estava levando o que não foi deixado pra trás. Nunca se está perdido na própria solidão, e, toda história é um livro de páginas em branco. Escrita olhando sempre o que ainda está adiante. Quem sabe seja por isso que há pouco tempo pra descansar. E para isso só precisa fugir. Porque já está tudo tão perto que não se percebe mais.