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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sobre Perdas do Ego

Eu vi um nome sem face, ou talvez uma face sem nome.
Eu lembro da ilusão se perdendo no meio da multidão. Eu não vi mais nada que valesse a pena lembrar, ou que pelo menos faça valer o esforço da lembrança. Perdi a medalha, ganhei o jogo. Perdi o momento, esqueci da promessa que um dia fiz ao destino. Lembrei de tanta coisa, que nem lembro de mais motivos pra esquecer. Vai estar lá ao longe, ainda que não queira ir, ainda que já esteja partindo.

Ainda lembro que um dia vi uma sombra desfigurar-se entre as luzes da alvorada. Num mar de areia escaldante. Nenhum pensamento escapava da imensa névoa de tédio que ali se instalou. O tempo parece que não passa quando decido cair, posso rever tudo o que se foi e o que nunca quis. Mas ao me levantar, tudo é tão rápido que nem ao menos percebo que já estou de volta. Nem ao menos pude me despedir de velhos pensamentos e estranhas manias.

Não sei te dizer quando foi. Se foram aqueles vários rostos que passaram.
Aqueles poucos que ficaram. Todos ainda tem suas dúvidas. Parecia tudo tão simples. Era tão pouco complicado. Mas o que era para permanecer se foi. Acabaram as ilusões. E eu... sentei-me para ver o sol nascer de novo. Ainda acredito. Não sei em que, mas sei que talvez valha a pena. Por que não?

Eu vi um pesadelo deixar um rosto feliz. Vi um sonho abandonar um rosto triste.
Eu não sei porque. Só queria ver o que foi deixado de lado. Eu não consigo ver porque tem que ir. Eu só queria... mas talvez não seja este o caminho. Eu...